terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

Pato do Eurípedes


Abril, 19, 2011. Boa parte de mim ainda residia em Quixadá. Outra parte voltou para caçar fotos. 
Com dois grandes amigos, os que me iniciaram nas pedras daquela cidade. Passávamos pelo Açude do Eurípedes em direção a nossas grutas (ou voltávamos?). O açude estava cheio e muitas aves ali dançavam, e este pato selvagem - preto - abria suas asas em nem sei que tipo de êxtase, congelou meu olhar. Solitário e pleno, único ao meio de tantos outros iguais, não poderia ter deixado de ser caça de minhas lentes tortas. Nos encontrávamos, mesmo sob quilômetros de distância,
mesmo sob o peso de mundos diferentes e paralelos, anos-luz de distância, mas nos encontrávamos. 

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